Distribuição de alimento a quem precisa - Projeto COVID 19
- Spread Portugal
- 14 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de mar. de 2024
Com os efeitos sistémicos da pandemia Covid 19 na sociedade os mais desfavorecidos ficam ainda mais vulneráveis. Para agravar, prevê-se que o número de pessoas carenciadas aumente.

1. Problema identificado O efeito da pandemia Covid-19 sente-se em toda a sociedade, não excluindo os mais desfavorecidos. Instituições que normalmente visam ajudar os mais vulneráveis passam por dificuldades operacionais que lhes compromete a entrega do alimento a pessoas em situação fragilizada. Estas dificuldades devem-se a:
Os habituais fornecedores de alimento (grandes cadeias de supermercado que permitem associações terem acesso a alimento não comercializável, mas em perfeitas condições de consumo terem as suas próprias redes obstruídas ou não permitirem acesso para redução do risco de contágio).
As empresas que habitualmente fazem campanha de recolha alimentar com os seus colaboradores, pararam as campanhas por terem os colaboradores em teletrabalho, impossibilitando a recolha.
A agravar esta situação, há um número crescente de pessoas a ocupar as ruas. Segundo os dados recolhidos junto da Cáritas Diocesana do Porto o Projeto Porta Solidária que foi criado em 2009 e que apoiava em média 150 pessoas por dia, chegou agora às 400 refeições diárias num espaço de 4 semanas.
2. Solução implementada A nossa solução passou por criar soluções logisticamente simplificadas mas que garantissem que a necessária cadeia alimentar funcione durante a pandemia.
Para se poder distribuir alimento de uma maneira sustentável, acreditamos ser necessário que o fluxo alimentar, nomeadamente procura <> distribuição <> oferta, seja feita sem muita logística para garantir continuidade neste período incerto. A nossa ideia passa por criar mini cadeias alimentares espalhadas regionalmente no país onde a procura, distribuição e oferta sejam feitas por proximidade umas das outras.
Para isso procurámos entidades que atuem a nível nacional e que possam assegurar as mini cadeias alimentares:
- Da procura (as necessidades vividas e quem tem visibilidade de quem pede ajuda) - Neste caso pedimos visibilidade através das instituições que nos abordaram em pedido de auxílio;
- Da distribuição (as necessidades de levar o alimento de A a B num raio próximo) - Neste caso temos o CNE (Corpo Nacional de Escutas) que já se encontra a ajudar logisticamente e de forma pontual a fazer este serviço, entre outros e se disponibiliza para continuar este auxílio
- Na oferta (a EuropAssistance voluntariou-se para promover uma campanha com todos os seus colaboradores em teletrabalho que consistia em dobrar a oferta dos seus colaboradores)
3. Quem auxiliou na operacionalização desta solução?
Esta solução contou com o apoio alimentar da EuropAssistance e os seus colaboradores, logístico e operacional do Corpo Nacional de Escutas e da Congrau Engenharia e Construção.
4. O que pretendemos com esta solução?
Simplificar a cadeia alimentar nesta fase de pandemia de modo a minimizar o risco de contágio de todos os intervenientes;
Possibilitar empresas com colaboradores em teletrabalho que continuem a fazer recolhas alimentares durante a pandemia;
Permitir que as associações que já auxiliam pessoas em situação fragilizada, continuem a cumprir a sua missão.
5. Qual foi o impacto social conseguido?
1700 Kgs de alimento recolhido
86 Pontos de Recolha em 16 horas de recolha e distribuição.
Entidades envolvidas (86 instituições que receberam o alimento, 455 colaboradores EAP)
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